Ficheiro de citações bibliográficas sobre a obra de Fernando Pessoa

O Banqueiro Anarquista

«O Banqueiro Anarquista  é uma dessas obras-primas de Pessoa que ainda estão por redescobrir, como o Marinheiro ou os Sonetos. Geralmente, vê-se nele uma demonstração de prestidigitação lógica e uma obra humorística, subavaliando-se o seu conteúdo, de ordem social e política. Este conto é perturbante, é certo, mas por outras razões que não a sua lógica absurda. É o mais original dos tratados sobre a liberdade. Obriga-nos a olhar de frente evidências escondidas. Se o Campos do Ultimatum filosofa às marteladas, o autor do Banqueiro, esse, pensa com uma luva de crina.
Este conto de algumas dezenas de páginas insere-se no género que Pessoa define como o «conto de raciocínio», herdado de Edgar Poe, que ele descobrira em Durban.»
Robert Bréchon. Estranho Estrangeiro - Uma biografia de Fernando Pessoa. Lisboa: Quetzal, 1996, p. 383.