Ficheiro de citações bibliográficas sobre a obra de Fernando Pessoa

António Botto

«Um dos seus amigos, o jovem poeta António Botto (1897-1959), publicou em 1920 uma colectânea intitulada simplesmente Canções, onde celebra, com uma certa preocupação formal, o amor «grego». Botto é francamente «pederasta», no sentido etimológico da palavra: apaixonado pelo corpo de rapazes jovens. A obra vai-se esgotar rapidamente, mas sem fazer escândalo: devido à sua tiragem restrita, não sai do círculo dos iniciados. Porém, Pessoa toma uma série de iniciativas, cujos motivos continuamos a não ver muito claramente, e que vão provocar uma tempestade semelhante àquelas que hoje em dia são desencadeadas nos Estados Unidos pelas ligas de defesa da virtude. Em 1920 a «Olisipo», ou seja, Pessoa, publica uma reedição das Canções, e, alguns meses mais tarde, o próprio Pessoa entrega à Contemporânea  um estudo sobre Botto que se intitula António Botto e o Ideal Estético em Portugal.»
Robert Bréchon. Estranho Estrangeiro - Uma biografia de Fernando Pessoa. Lisboa: Quetzal, 1996, p. 390.

Ver: http://multipessoa.net/labirinto/obra-publica/16